quinta-feira, 8 de maio de 2014

ATENÇÃO!!! TEMOS VAGAS PARA MARKETING!!!



      Muito provavelmente, você já se deparou com um anúncio semelhante a este, e para aqueles que foram atraídos por essa vaga ao chegar ao local deve ter encontrado alguma dessas opções:


 Uma sala com vários telefones para ligar ou receber contato dos clientes;

          Um ambiente com várias pessoas e um indivíduo com um ar motivador na frente de todos, oferecendo um grande treinamento para vendedores de sucesso;

Um escritório super “transado”, moderno, com um indivíduo questionando suas habilidades com programas de computação gráfica e sua criatividade para fazer panfletos;

 Um computador e vários dados de clientes, sua função como "profissional de marketing"?  Alimentar uma planilha no excel com esses dados.

          Ou ainda, nos dias de hoje, uma sala, um computador, e a função de gerir as redes sociais da empresa.

     Parece engraçado, mas essas são situações reais do mercado, e essa é uma confusão comum no meio corporativo, muitas pessoas não conhecem o significado real do marketing e, portanto restringe esse conceito a ações que deveriam ser um pequeno ponto dentro de uma completa estratégia empresarial.

Sempre me pareceu difícil traduzir o termo marketing de forma que ele representasse o que realmente significa, esse ano me deparei com uma tradução próxima do ideal: a tradução da palavra Market é mercado e portanto a palavra marketing, estaria em uma boa versão se traduzíssemos como "mercado em movimento", e se caminharmos um pouco pela historia do marketing, vamos encontrar essa lógica.

O termo surgiu entre as décadas de 40 e 50, e vem se transformando exatamente de acordo com esse "mercado em movimento".

Inicialmente o olhar estava totalmente focado na distribuição dos produtos, em um contexto de pouca concorrência em que era preciso esvaziar os estoques para reiniciar a produção. O marketing voltava-se para a economia e distribuição de produtos, com o tempo o ambiente começava a exigir estratégias mais elaboradas, e esse conceito caminhou para o processo de tomada de decisão, 

Depois o marketing passou a ser visto como um processo social que precisaria atuar não só a partir de processos econômicos, mas também de envolvimento com o ambiente em que a organização está inserida. Nessa conjuntura, a concorrência começava a crescer em muitos ramos e o mercado exigia variedade, muitos outros conceitos foram envolvidos em uma estratégia de marketing realmente completa, alargando o escopo inicial do marketing para uma função que mantém contato com os consumidores da organização, enxerga as suas necessidades e desenvolve produtos que atendam a elas.

Se pararmos para observar essa simplória explicação da evolução desse conceito (posteriormente publicarei um artigo detalhado sobre a evolução do marketing), é possível perceber que o marketing sempre evoluiu de acordo com o contexto em que ele estava inserido, foram as características do ambiente que exigiram essas mudanças.

Sim, o marketing já esteve voltado especialmente para a venda também, e hoje a empresa continua precisando de um processo de venda e de comunicação, mas não só isso, é preciso entender que o marketing evoluiu junto de um mercado em metamorfose, porque esse é o cerne do marketing, a interação da organização com o mercado, e o entendimento do comportamento do seu consumidor.

Não podemos, portanto, trancar o marketing dentro de um departamento como se um pequeno grupo da empresa pensasse no cliente, enquanto os demais olham apenas para os processos internos da organização, é preciso difundir a filosofia de marketing por toda a organização.

Em poucas palavras poderia dizer que hoje o marketing é uma cultura organizacional, que disseminada por toda a empresa, levará a organização a direcionar seus processos para o cliente, analisando não apenas o sujeito, mas o ambiente em que ele está inserido, com o objetivo claro de realizar processos de troca entre a organização e esses indivíduos.

A AMA (Associação Americana de Marketing) define:


      "O marketing é o conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, distribuir e efetuar a troca de ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e a sociedade como um todo.


Notoriamente, é o consumidor que deve ser a base para a tomada de decisão e o foco das atividades da organização.

Talvez alguns questionem: Sim, e de forma prática, objetiva, o que eu faço com o departamento de marketing da minha empresa? Vou demitir os vendedores, vou parar de fazer propagandas?

A resposta é clara, primeiro olhe para o cliente, ouça o cliente, perceba o mercado que está à volta dele e pautado nessas informações norteie sua produção, seus vendedores, suas propagandas e todos os outros processos da sua empresa.

A grande questão é que nem uma decisão organizacional pode ser taxada de certa ou errada, antes de estudar o principal elemento da empresa, o seu cliente, e por mais que isso possa parecer óbvio, muitas empresas esquecem isso na hora de tomar suas decisões.

Nas próximas postagens irei expor algumas ferramentas de Marketing, para facilitar esse processo de conhecimento do consumidor e do mercado em que ele está inserido, mas antes disso deixo um conselho presente em um livro chamado “Socorro, tenho medo de vencer”, que apesar de não ser nem um pouco acadêmico, e até um pouco metafórico considero útil para o dia a dia dos empresários:

“Vá até o balcão onde os clientes são atendidos. Sente-se nas cadeiras em que os clientes sempre se sentam. Use o banheiro que os clientes usam. Analise os seus produtos, sua embalagem, a qualidade interna e externa com olhos de cliente. Tome o café que o cliente toma. Procure saber o que os clientes, os amigos, a comunidade, a imprensa realmente pensam de você e da sua empresa.”
                


O verdadeiro profissional do marketing, precisa estar ocupado em estudar o consumidor, o mercado, e a interação entre esses elementos e a sua empresa, para a partir disto construir as estratégias empresarias.

Um feliz dia, para todos esses profissionais.